Tite comenta fase atual do Brasil e analisa confronto com Lionel Messi: "Continuo sem dormir direito"

Com a preparação quase pronta para o amistoso contra a Argentina, nesta sexta-feira, 15, o técnico Tite aproveitou a véspera do confronto para falar sobre diversos assuntos, entre eles, analisar o clássico, projetar o duelo contra Lionel Messi e comentar o processo que o Brasil vem vivendo depois do título da Copa América.

Tite explicou os resultados recentes da seleção e relembrou o ótimo retrospecto que tem com a camisa amarelinha, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 14.

“São 23 jogos oficiais, traduzindo em números. Sem fingir modéstia, me orgulha a forma da equipe jogar, tem média de 2,2 gols por jogo. Destes 23, foram 17 vitórias. A equipe gosta de jogar, propõe, é alegre sem ser irresponsável. A ideia está bem clara nesses 23 jogos. Agora, a equipe está num período de se reinventar, ela e seu técnico, eu me reinventando em cima de novos jogadores. Estamos nos reinventando para uma competição que vem em seguida. Mas dentro de uma ideia”, comentou o comandante, já se preparando para a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

O treinador também foi questionado sobre a primeira convocação de Rodrygo. Em ótima fase no Real Madrid, o atacante foi bastante elogiado por Tite, que afirmou que o jovem é um exemplo para os demais garotos das bases dos clubes.

“Conversei com ele e disse que ele tinha que se orgulhar do comportamento. Pedi para dar um abraço nos pais pela educação que recebeu. Que agradecesse ao Jair Ventura que o lançou. Rodrygo é um exemplo para um monte de garoto jovem que gostaria de estar na posição dele. Eu não o conheço, é o primeiro contato. Reparei que quando fez o primeiro gol foi abraçar o Benzema, que deu assistência. Quando fez o hat-trick, não olhou para a câmera, pegou a bola e beijou”, elogiou.

Sobre o confronto contra a Argentina de Lionel Messi, Tite garantiu que não está dormindo direito por estar pensando em como parar o melhor jogador do mundo. Para ele, o trabalho coletivo pode potencializar o talento individual de cada atleta.

“Continuo sem dormir direito para neutralizar um jogador com capacidade extraordinária”, confessou.

“Ele é um jogador diferente, tem qualidades técnicas impressionantes. A gente nunca neutraliza um jogador assim. Diminuímos as virtudes. Futebol é um esporte coletivo. Um coletivo forte vai potencializar um Coutinho, Firmino, Willian, assim como Otamendi, Aguero... Estamos tratando de Messi. Ele é um jogador diferenciado. Quando eu estava no Corinthians, passava três dias para ver como ia marcar o Neymar. Me criei no Caxias contra o Ronaldinho Gaúcho. O trabalho em equipe pode potencializar, depois o talento individual ajuda”, analisou.

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