Por decidir manter atividades no CT, muros da Sede da Gávea são pichados - GettyImages
COMPLICADO

Flamengo: Por decidir manter atividades no CT, muros da Sede da Gávea são pichados

Clube decidiu retornar aos treinos mesmo sem autorização da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro

Izabella Macedo Publicado em 21/05/2020, às 17h42

Na última quarta-feira, 20, a prefeitura do Estado do Rio de Janeiro reforçou que os treinos coletivos nos CTs dos clubes cariocas não estavam liberados, mudando assim, todo o planejamento do Flamengo, que estava pronto para retornar.

Apesar disso, o Rubro-Negro manteve a programação normal e os jogadores se apresentaram nesta quinta-feira, 21, no CT George Helal, o Ninho do Urubu. As atividades não estão sendo registradas nas redes sociais e a entrada da imprensa está vetada.

Depois que o elenco foi submetido à exames na última segunda-feira, 18, este é o terceiro dia de atividades e os atletas já foram aos campos e trabalharam com bola.

Na madrugada desta quinta-feira, os muros da Sede da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foram pichados.

As mensagens chamavam o presidente Rodolfo Landim e o vice de relações externas Luiz Eduardo Baptista, o Bap, de "fascistas". "Clube do povo" e "somos democracia" também estavam entre os outros dizeres.

🚨 Nessa madrugada, o muro da Gávea foi pichado devido a protestos direcionados ao presidente do Flamengo Rodolfo Landim e o vice de relações externas BEP.

O motivação foi por conta dos dirigentes rubro negros se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro para voltar o futebol. pic.twitter.com/NjJ4luOvIv

— Papo do Fundão (de 🏡) (@_Papodofundao) May 21, 2020
Uma das pichações ainda fazia referência ao massagista Jorginho, que foi vítima da pandemia do coronavírus. Seu falecimento causou grande comoção entre os jogadores.
 
Além disso, o número 1.179 foi pichado, o qual foi o número de mortos por Covid-19 na terça-feira, quando o presidente Rodolfo Landim e o Dr. Márcio Tannure se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
 
A volta do elenco aos treinos está gerando uma verdadeira polêmica envolvendo o nome do Flamengo. Nesta semana, alguns jornalistas se manifestaram contra essa decisão do clube em meio a pandemia de coronavírus.
 
O jornalista do site Fox Sports, Claudio Portella, em entrevista ao Canal Ser Flamengo, detonou a postura da diretoria.
 
"A prioridade dessa diretoria do Flamengo se chama dinheiro, dinheiro e dinheiro. A gente vê o que aconteceu com os garotos do Ninho. Não quero colocar a culpa em ninguém, é lógico que tem culpados, mas a gente vê a insensibilidade. Até fizemos uma matéria na Fox a insensibilidade que essa diretoria tratou. Um dirigente chegou recentemente a declarar que estão tentando se aproximar, pois estávamos falando de vidas. Não interessa se tem pai ou mãe querendo dinheiro, eles perderam o filho, eu sou pai. Agora a gente vê mais uma vez um comportamento assim, antes da parada Flamengo e Vasco não queriam parar. Se eu pudesse, eu perguntaria: 'esses dirigentes têm família?'. Na atual circunstância, eles estão arriscando vidas", disse.

 
COVID-19 muro pichado coronavíus Ninho do Urubu Flamengo

Leia também

Ancelotti mostra confiança em final, mas admite: "Foram melhores"


Ex-Corinthians, atacante Jô é preso antes de jogo da Série B; entenda


Santos goleia na Série B, e Carille elogia: "Feliz pela liderança"


CBF promove programa de doações ao Rio Grande do Sul com Vinicius Júnior


Van Dijk fala sobre futuro no Liverpool: “Uma grande transição”


Crystal Palace atropela Manchester United pela Premier League