Robinho e Ricardo Falco foram condenados em última instância pela Justiça da Itália e devem cumprir nove anos de prisão por violência sexual
Redação Publicado em 20/01/2022, às 17h12
O caso de violência sexual envolvendo Robinho e Ricardo Falco, num crime que ocorreu em 2013, ganhou maiores proporções na última quarta-feira, 19. Isso porque, o Ministério da Justiça italiano julgou o caso em última instância e condenou a dupla em nove anos de prisão. No entanto, o jogador está no Brasil e ainda não foi preso.
O questionamento em relação a prisão de Robinho ganhou grande repercussão logo depois que o resultado de seu julgamento saiu. Por estar no Brasil, o Ministério da Justiça da Itália não pode executar a ação. Em entrevista para o "Globo Esporte", o diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, Stefano Opilio, garantiu que o atacante e Ricardo Falco ficarão em detenção.
Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele", afirmou.
De acordo com a publicação, Opilio será o responsável por encaminhar toda a documentação da prisão de Robinho e Ricardo Falco para Brasília. A notificação chegará ao Ministério da Justiça aqui do Brasil e também para Interpool, que fará o pedido de prisão internacional para o atacante e seu amigo.
Opilio ainda relembrou que a constituição brasileira não dá muitas brechas para a extradição de Robinho e Ricardo Falco. Sendo assim, quando o pedido de prisão chegar a Interpool, caso ambos saiam do Brasil, eles serão presos. Mas o diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano também disse que poderá pedir a execução da prisão da dupla em solo canarinho.
"Essa é uma particularidade, não encontrei isso com outros países. No caso da impossibilidade da extradição, vamos pedir a execução da pena no Brasil". explicou. Caso isso venha a acontecer de fato, o pedido de execução da prisão de Robinho e Ricardo Falco será examinado pela Justiça Brasileira.
Confira o que diz um trecho do tratado de extradição: "Quando a pessoa reclamada, no momento do recebimento do pedido, for nacional do Estado requerido, este não será obrigado a entregá-la. Neste caso, não sendo concedida a extradição, a parte requerida, a pedido da parte requerente, submeterá o caso às suas autoridades competentes para eventual instauração de procedimento penal".
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